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2014 – Ano do Comércio Digital em Portugal?

Quando começámos este trajeto na Santa Ideia, quase à 10 anos, sabíamos bem que o caminho deste século seria o marketing digital, e que as empresas portuguesas teriam que saber adaptar-se a esta nova realidade.

Entretanto os anos passaram, o mercado evoluiu, e cá estamos nós quase em 2014. A pergunta que fica é: será 2014 o Ano do Comércio Digital em Portugal?

Pessoalmente acredito que sim, olhando para os indicadores base percebemos que neste momento já a maioria dos portugueses “compra” na internet – seja em compras reais ou em modo “pré-compra”, o modo em que analisam produtos, preços e criticas a cada produto ou empresa antes de fazerem a compra (no mercado físico de rua, ou online).

Este passagem de um canto (físico) para o outro canto (compras web) nunca será concluída totalmente, e alguns estudos apontam até para uma melhoria das compras de bairro com a adopção de apps mobile por parte das pequenas lojas de esquina – o que até faz sentido… com a possibilidade de ver em tempo real os bolos da pastelaria do vizinho, ou a carne fresca do talho lá da rua, a que preço e até falar com os donos via smartphone.

A grande mudança aqui é a fase de estudo por parte dos novos clientes. Eles já não se limitam a descobrir um artigo/produto/empresa para fazer a compra. Agora o consumidor analisa bastante cada oportunidade, e dá-se ao trabalho de verificar vários pontos do vendedor, como as criticas online, o perfil de Facebook para ver se alguém reclama do produto ou serviço, o perfil no Twitter para ver se tem ofertas de ultimas hora… e claro, o site oficial do vendedor.

Passámos de um comprador de 2 toques (descobre-compra) para um consumidor multitoque (pesquisa online-analisa criticas-procura descontos-volta ao zero várias vezes-finalmente escolhe-faz compra).

E agora? Como fica o panorama do Comércio Digital?

É neste meio de visibilidade/credibilidade que as empresas fecham os negócios, não é somente no “site oficial”, como pensa a maioria dos gestores.

Daí a necessidade de um plano de marketing online mais abrangente, mais definido, e seguramente mais dispendioso, para conseguir mostrar aos potenciais clientes que a empresa existe, é credível, tem bons produtos/serviços, tem boas criticas, bom apoio ao cliente, e está adaptada ao meio digital. Neste momento já não basta ter o site da empresa a dar a cara na internet… e rezar para que as vendas apareçam.

O marketing tradicional é agora esta mistura de acções na internet. E já não volta para trás.